Alpiarça
Alpiarça (Portuguese pronunciation: [ɐɫpiˈaɾsɐ]) is a municipality in Portugal with a total area of 95.0 km² and a total population of 8,157 inhabitants.
The municipality is composed of 1 parish, and is located in Santarém District.
Igreja Paroquial de Alpiarça
A Igreja Paroquial de Alpiarça é uma construção datada do século XIX (1889), inaugurada por D. José - Cardeal Patriarca de Lisboa.
A Igreja ficou concluída no dia 20 de Junho de 1889, mas só foi inaugurada a 11 de Agosto.
Todo o seu recheio foi oferecido, desde os altares, imagens, paramentos e quadros, provenientes de vários locais.
A igreja é um templo de uma só nave e capela-mor e conta com seis capelas laterais, com painéis pintados nos retábulos. Todo o templo é vasto e claro, com tectos altos de estuque.
Algumas peças que existem na igreja foram ofertas de José Relvas, sendo disso exemplo dois altares em talha dourada miúda, talvez de origem conventual.
Na entrada do templo, ao lado da porta e do arco triunfal, existem pinturas do século XVIII. A pintura que está à direita é do século XVII e representa o aparecimento de Cristo à Virgem.
Nos nichos estão imagens, num o Salvador e no outro Nossa Senhora dos Anjos, esculturas do século XVIII.
De todas as peças que estão na igreja e sacristia, salienta-se uma composição a óleo sobre tábua, representando o Calvário, talvez de origem flamenga do século XVI. Destaca-se também uma pintura sobre tábua do século XVI, talvez de origem italiana, representando a Virgem a ser coroada por dois anjos, acompanhada por São Roque, São Sebastião e Santa Catarina.
De realçar ainda uma pintura portuguesa do século XVIII, representando a Divina Pastora, retratando bem o espírito da época.
Na tela surge a frase "Vinde todos para minha may", que sai da boca da pastora. No lado esquerdo da tela, vê-se um lobo que persegue uma ovelha fugitiva, que é defendida por um anjo de espada de fogo em punho.
O exterior da igreja é muito simples, possuindo duas torres enquadradas num harmonioso conjunto arquitectónico. Também no exterior do templo encontra-se um cruzeiro datado do século XVI (1575). Este cruzeiro, que hoje está no adro da igreja paroquial, esteve em tempos colocado à entrada da vila, onde se situava a antiga igreja (hoje jardim municipal), sendo de seguida colocado junto ao cemitério.
O santo padroeiro da vila de Alpiarça é Santo Eustáquio, cujo verdadeiro nome era Placidus, um general romano. Esta mudança de nome deu-se quando Placidus encontrou um veado que trazia entre as hastes um crucifixo resplandecente. Após este encontro, Placidus torna-se cristão e baptiza-se com o nome de Eustáquio, com ele estavam também a mulher e dois filhos. O Imperador Adriano prometeu o perdão a toda a família, caso esta se sacrificasse aos ídolos. Após a recusa a esse sacrifício, a família é condenada dentro de um touro de bronze aquecido ao rubro.
Santo Eustáquio é o padroeiro dos caçadores e aparece representado com um veado. Comemora-se a sua festa no dia 20 de Setembro.
Lagar de Azeite
Município | |
Alpiarça é uma vila portuguesa pertencente ao Distrito de Santarém; desde 2002 que está integrada naregião estatística (NUTS II) do Alentejo e na sub-região estatística (NUTS III) da Lezíria do Tejo; continua, no entanto, a fazer parte da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, que manteve a designação da antiga NUTS II com o mesmo nome. Pertencia ainda à antigaprovíncia do Ribatejo, hoje porém sem qualquer significado político-administrativo, mas constante nos discursos de auto e hetero-identificação.
É sede de um pequeno município com 94,44 km² de área e 8 024 habitantes (2001), o que corresponde a uma densidade demográfica de 85,0 h/km². O município é limitado a nordeste e leste pelo município daChamusca, a sueste e sudoeste por Almeirim e a noroeste por Santarém.
[editar]Património
- Casa - Museu dos Patudos, também denominada Casa de José Relvas
- Estações arqueológicas da Quinta dos Patudos ou Tanchoal dos Patudos
- Estação arqueológica do Cabeço da Bruxa, Quinta da Gouxa
[editar]Arqueologia
A situação geográfica de Alpiarça, situada na margem esquerda do Tejo, favoreceu a ocupação humanadesde o Paleolítico Inferior até à época Romana.
Na zona do Vale do Forno foram encontrados depósitos e indústrias líticas datáveis do Paleolítico Inferior. Esta zona, já conhecida desde os anos 40, apenas nos anos 80 foi verdadeiramente explorada através dos trabalhos arqueológicos feitos na Zona de Milharós, onde foram encontrados depósitos e industrias líticas datáveis do Paleolítico inferior. Foram também descobertos vestígios de flora que possivelmente serão anteriores à Glaciação de Wurm. Além do Vale do Forno há também a destacar as estações arqueológicas do Barreiro do Tojal, Vale da Caqueira, Quinta do Outeiro, Vale da Atela, Barreira da Gouxae Vale dos Extremos.
O povoado do Alto do Castelo, localizado entre as necrópoles do Tanchoal e do Meijão, é conhecido, desde o inicio do século XIX, por Mendes Corrêa, e na década de 80 foi estudada pelo Instituto Arqueológico Alemão. A sua cronologia é anterior à época romana, tendo sido ocupado durante a Idade do Bronze Final ou a Idade do Ferro. Foi também ocupado pelos romanos, uma vez que se encontraram materiais desse período, como moedas e fragmentos de cerâmica. O Cabeço da Bruxinha foi ocupado provavelmente na Idade do Bronze Final ou Idade do Ferro, e posteriormente pelos romanos. Aí foram encontrados materiais de cerâmica e cerâmica de construção. O Cabeço da Bruxa localiza-se na Quinta da Gouxa a cerca de 600 metros a oeste da Estrada Nacional 118 de Alpiarça a Almeirim. Esta estação arqueológica é conhecida desde a década de 30, tendo sido alvo de escavações arqueológicas feitas em 1979 também pelo Instituto Arqueológico Alemão. Os materiais aí encontrados têm várias cronologias, datando da Pré-História, Idade do Bronze, Época Romana e outras. A Quinta da Gouxa é uma estação arqueológica ocupada desde a Pré-História até à época Romana.
Segundo alguns autores, em Alpiarça passava uma das vias romanas em direcção a Mérida, como provam os vários marcos miliários encontrados dedicados ao imperador romano Trajano.[1]
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